Physis: Revista de Saúde Coletiva, Volume: 29, Número: 1, Publicado: 2019
  • O conceito de saúde na Saúde Coletiva: contribuições a partir da crítica social e histórica da produção científica Other Themes

    Silva, Marcelo José de Souza e; Schraiber, Lilia Blima; Mota, André

    Resumo em Português:

    Resumo A presente pesquisa teve como objetivo compreender qual é o conceito de saúde dentro da Saúde Coletiva. Nossa análise parte do marxismo como referencial teórico, tanto para definir o que é um “conceito” quanto para compreender o pensamento crítico da Saúde Coletiva. Como pesquisa empírica, usou-se a produção bibliográfica dos principais periódicos que reúnem publicações da Saúde Coletiva enquanto área de conhecimento, o que resultou em 34 artigos que tratavam, de alguma forma, do conceito de saúde, mesmo que não fosse o objeto principal do trabalho. Dessa análise identificamos ao menos três distintas modalidades de definições, que variaram tanto na base referencial usada para apreender e analisar realidades empíricas concernentes à saúde quanto na conceituação de social que poderia estar nessa análise - também se identificando que os artigos mais oscilaram entre uma produção estritamente descritiva dessas realidades empíricas e ensaios estritamente teóricos do que produziram um particular concreto (empírico) pensado com base na definição de social eleita. Concluiu-se que dentro da Saúde Coletiva o conceito de saúde tem sido tomado, em grande parte, ou como noção (uma aproximação parcial do objeto) ou como um lema, a partir de um engajamento ético-político que acaba relegando a contribuição teórico-conceitual a segundo plano.

    Resumo em Inglês:

    Abstract This study aimed to understand the concept of health within Collective Health. Our analysis starts from Marxism as a theoretical reference, both to define what is a “concept” and to understand the critical thinking of Collective Health. As empirical research the bibliographic production of the main journals that bring together Collective Health publications as a knowledge area was used, which resulted in 34 papers that somehow treated the concept of health, even if it was not the main object of the study. From this analysis we identified at least three different modalities of definitions, which varied both in the referential basis used to apprehend and analyze empirical realities concerning health, and in the conceptualization of social that could be in this analysis. We have also identified that the papers ranged between a production that was strictly descriptive of these empirical realities and strictly theoretical essays, rather than to produce a concrete (empirical) thought based on the elected definition of social. It was concluded that within Health Collective the concept of health has been taken, in general, either as a notion (a partial approximation of the object) or as a motto, from an ethical-political engagement that ends up relegating the theoretical-conceptual contribution to the background.
  • Gênero: percursos e diálogos entre os estudos feministas e biomédicos nas décadas de 1950 a 1970 Other Themes

    Cortez, Marina; Gaudenzi, Paula; Maksud, Ivia

    Resumo em Português:

    Resumo Apesar da importância do conceito de gênero para os estudos feministas, a utilização e a acepção do conceito em pesquisas biomédicas sobre a intersexualidade nos anos 1950 vêm sendo pouco problematizadas na literatura nacional feminista. Para compreender os caminhos percorridos pelo termo “gênero” e os contextos nos quais suas diversas conceptualizações são produzidas, o objetivo deste ensaio é mapear os usos do termo/conceito de gênero em produções anglófonas ligadas aos feminismos dos anos 1970 e no campo da Biomedicina, no período de 1950 a 1970. Constatamos que o termo foi primeiramente utilizado no campo biomédico nos anos de 1950 e que há importantes interlocuções entre os dois campos nas décadas de 1960 e 1970.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Despite the importance of the concept of gender for feminist studies, its use and meaning in biomedical research on intersexuality during the 1950s has been little problematized in the national feminist literature. This essay aims to map the uses of the term/concept of gender in feminist Anglophone productions in the 1970s and in the field of biomedicine throughout the 1950-70s, in order to understand the paths of the term "gender" and the contexts in which its diverse conceptualizations are produced. We concluded that the term was first used in the biomedical field in the 1950s and that there are important interlocutions between the two fields in the 1960s and 1970s.
PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: publicacoes@ims.uerj.br